Dor no peito pode ser um sinal de alerta
Um dos motivos que levam pessoas aos consultórios médicos é a dor no peito, principalmente pelo fato de imaginarem que estão tendo um ataque cardíaco, mas muitas vezes a dor pode ser motivada por outros fatores. O cardiologista Dr. Sanderson Cauduro, responsável pelo Serviço de Cardio-Oncologia da Cardio&Saúde, explica que o assunto é bastante frequente nos consultórios de cardiologia, uma vez que as pessoas querem saber qual a origem da dor. “Independente do motivo da dor, devemos levar alguns aspectos em consideração, como a gravidade da dor, quais as causas e se essas características são compatíveis com enfarto do miocárdio ou angina.”
Mais de 50% das vezes a dor tem origem de ansiedade e 1/3 das vezes são motivadas por dores musculoesquelética ou por algum problema do esôfago, do tipo refluxo ou hérnia de hiato. No entanto, quando a dor é de origem cardíaca ela apresenta sintomas característicos, como a sensação de peso no local, aperto na região central do peito, se a dor é causada por esforço físico ou stress, se apresenta sudorese, falta de ar, palidez ou fraqueza.
“Quando esses sintomas estão acompanhados com a dor no peito é um sinal de gravidade e o indivíduo deve buscar acompanhamento médico o mais rápido possível, já que a espera – imaginando que a dor é passageira – pode ser a diferença entre sobreviver a um enfarto”, alerta o cardiologista.
Porém, existem casos onde o enfarto ou angina pode acontecer sem sintomas de dor. Por esse motivo, é fundamental estar atento a outros fatores, como o histórico familiar, faixa etária, pressão alta, diabetes, colesterol ou aquelas pessoas que já tiveram algum problema cardíaco previamente. “Existem outras questões que podem causar a dor no peito, como a herpes zoster, atrite, dores musculares e lesões nas costelas. Também pode ser motivado por outros fatores mais graves, como aneurisma da aorta, pneumotórax, embolia pulmonar, pneumonia e lúpus.”
As melhores maneiras para evitar as dores no peito são parecidas com as formas de prevenção da saúde do coração: realizar atividades físicas, de preferência aeróbicas, no mínimo três vezes na semana, como natação, corrida, bike ou academia, controlar o colesterol, diabetes, obesidade, evitar o tabagismo, e possuir uma alimentação mais saudável e regular. “A dor torácica é séria e todos devem ficar atentos, ainda mais quando for duradoura e apertada. Leve em consideração os fatores de risco e o histórico familiar. A prevenção sempre é a melhor maneira para evitar qualquer surpresa desagradável”, finaliza o cardiologista Dr. Sanderson Cauduro.