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Casos de sífilis aumentam em 6.400% no Paraná


O Ministério da Saúde aponta um aumento nos casos de sífilis no Paraná, passando de 29 casos, em 2010, para 1.869, em 2016, o que significa um salto de 6.400%. Essa estatística é alarmante principalmente por envolver a camada da população mais jovem.

A infectologista da Clínica Cardio&Saúde, Maria Inez Domingues Kuchiki, explica que a sífilis pode passar desapercebida. Pode permanecer latente por anos e após este período pode reativar. “A doença tem tratamento e cura. A lesão inicial é indolor e em sete dias ela desaparece. Depois pode ficar incubada no organismo e mais tarde desenvolver a sífilis secundária, que são lesões de pele, e até mesmo a terciária, com comprometimento até mesmo de meningites por sífilis e outras lesões mais graves do Sistema Nervoso Central.”

O aumento dos casos da doença está relacionado com a diminuição do uso do preservativo nas relações sexuais, principalmente entre os jovens. Outro motivo é porque a sífilis não é uma doença de notificação obrigatória, mas já é possível observar nos consultórios nos últimos cinco anos o aumento do número de casos de pacientes que manifestam principalmente a sífilis secundária, que são as lesões de pele. “Muitas pessoas têm a tendência de diminuir o uso de preservativos por acreditar que as doenças sexualmente transmissíveis não vão atingi-las. Estudos mostram que provavelmente os jovens se protegem menos pelo fato de não terem vivido na década de 80 e 90 onde as pessoas morriam de HIV/Aids e, por essa razão, acreditam que não há necessidade de se fazer o uso de preservativos. No entanto, isso aumenta a transmissão de diversas Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), não somente da sífilis. Por esse motivo, a prevenção é a melhor forma para evitar a contaminação”, explica a especialista.

O tratamento mais eficaz para sífilis em adultos é à base de antibiótico (penicilina). Já para a sífilis congênita também é recomendado o uso de penicilina cristalina. “É importante lembrar que a doença tem tratamento e cura, mas a pessoa não fica imune, ou seja, se não se proteger vai ser infectada novamente. Também vale alertar que o parceiro da pessoa também deve ser investigado para ver se apresenta sinais da doença para iniciar o tratamento. Durante o tratamento, é recomendável não ter relações sexuais”, finaliza a infectologista.

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