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Saiba como cuidar da saúde do coração durante a quimioterapia


Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) mostram que mais de 8 milhões de pessoas morrem de câncer no mundo a cada ano. A estimativa de novos casos no Brasil para 2016 é de 596 mil ocorrências, sendo 300.870 em mulheres e 295.200 entre homens. A forma de tratamento vai depender do estágio que a doença é diagnosticada e do tamanho do tumor, mas na maioria dos casos a quimioterapia está presente. No entanto, o que muitos pacientes não sabem é que o tratamento oncológico pode comprometer a saúde cardiovascular, acarretando em diversas consequências para o coração e na rotina.

Segundo o responsável pelo Serviço de Cardio-oncologia da clínica Cardio&Saúde, o cardiologista Sanderson Cauduro, a quimioterapia pode afetar o dia a dia do paciente devido aos eventos adversos que ela causa e a frequência com que as medicações são aplicadas, os efeitos variam para cada paciente, uma vez que algumas pessoas não apresentam reações que afetem a rotina, enquanto outras necessitam de mais tempo para a recuperação após uma dose de quimioterapia. A oncologista clínica do Instituto de Oncologia do Paraná (IOP), Dra. Thais Almeida, explica que tanto o tratamento quimioterápico como as suas respostas são específicas para cada indivíduo. “A quimioterapia é feita de acordo com o tipo de tumor e estágio da doença. Nem todos os tumores necessitam de quimioterapia e o tipo de droga usada pode variar dentro do mesmo tumor.”

Durante o tratamento, os medicamentos quimioterápicos que têm como objetivo atingir o tecido tumoral também podem atingir o coração, causando lesões agudas ou crônicas. Estimativas apontam que cerca de 10% dos pacientes em tratamento oncológico podem apresentar alguma lesão cardíaca. “A dose aplicada de drogas é sempre segura, mas é indispensável o acompanhamento do cardiologista em alguns casos. O oncologista deve alertar o paciente sobre este risco que o tratamento pode causar ao coração e encaminhar para um especialista quando necessário”, ressalta Dr. Sanderson.

É fundamental ter conhecimento do histórico de saúde do paciente antes de iniciar o tratamento oncológico, como casos de hipertensão e insuficiência cardíaca. Se a pessoa também possui diabetes ou obesidade, deve ficar atenta a qualquer sinal, possibilitando realizar um tratamento que não traga malefícios para a saúde. Com o passar dos anos, os especialistas estão cada vez mais conscientes dos problemas que a quimioterapia pode trazer para a saúde, buscando formas de proteger o coração. No entanto, os pacientes também devem ficar atentos em todas as orientações, possibilitando a diminuição dos efeitos colaterais. “Cada caso deve ser analisado individualmente, para assim encontrar formas de minimizar os efeitos, mas o sucesso também vai depender da adesão do paciente às orientações médicas e da equipe que o acompanha, como nutricionistas, buscando um estilo de vida mais saudável, que resultará em bem-estar, segurança e menos efeitos colaterais para o dia a dia do paciente oncológico”, finaliza o cardiologista.

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